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 Aprender Brincando


Quanto utilizamos o lúdico na escola estamos buscando também um resgate cultural da criança onde ela traz a escola vivência aprendida em casa, com os amigos, na sua comunidade, ou seja, resgatando movimentos muitas vezes passados e modificados  no decorrer de gerações. NEGRINE (1994: 20), afirma que “Quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir das suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”. É necessário darmos valor a esta vivências, pois se não dermos estamos desvalorizando a história e a cultura da criança no contexto escolar. Fica clara a importância do lúdico na escola durante a infância, pois percebemos que quando o interesse da criança é levado a sério podemos dar estímulos importantes no desenvolvimento de mesma.
As brincadeiras como: Queimada, cabra-cega, barra-manteiga, betis, amarelinha, pula corda, corrida do saco, esconde-esconde, pique, passa anel, telefone sem fio entre outras tantas, fazem parte da lembrança das nossas vidas e de muitas outras pessoas, mas infelizmente, não constam nas brincadeiras infantis de hoje. Ultimamente as crianças estão brincando menos e porque isto está acontecendo?Vários são os fatores que levam as esta situação, entre eles destaque para: A preparação muito cedo das crianças para o mercado de trabalho (cursos de informática, espanhol, inglês, ECT.), O número reduzido de filhos por família, a falta de tempo dos pais devido ás várias necessidades básicas de sobrevivência, a violência nas ruas, moradias cada os vês menores , as novas tecnologia que fazem brinquedos eletrônicos  e aparelhos de informática de última geração, e claro a televisão que fascina e encanta a maioria da população . É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, crianças e adulto, podem ser criativo que o indivíduo descobre seu “EU”. O brincar aparece como um elemento de aprendizagem e desenvolvimento de adaptação social, de libertação pessoal e conservação da própria cultura ao encerrar uma série de valores, nomeadamente recreativos, pedagógicos, cultural, entre outros. Vale lembrar que o brincar aparece também definido como jogo na teoria Piagetiana.
Em sua obra A formação do símbolo na criança, de 1946, JEAN PIAGET relacionou a brincadeira e o jogo como desenvolvimento cognitivo da criança. Para esse estudioso, a criança adapta a realidade e os fatos as suas possibilidades e esquemas de conhecimento, manifestando isso também no brincar. Classificou ainda o jogo em quatro tipos: Jogos de que para outros exercícios. Jogos de construção, Jogos simbólicos e Jogos de regras. Vemos que outros também aborda essa tema como Kishimoto( 1994)  para a autora o brinquedo é compreendido como um “Objeto suporte da brincadeira”, ou seja, brinquedo aqui  estará representado por objetos como pião, bonecas, carrinhos  ECT.  Vygotsky(1998) “As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tronar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.”O brinquedo estimula a inteligência porque faz com que a criança solte a sua imaginação e desenvolva a sua criatividade. Ao mesmo tempo, possibilita o exercício da concentração, da atenção e engajamento. O brincar proporciona a integração entre as crianças, criando uma sociabilidade entre elas. Portanto, é preciso que os pais e educadores tenham consciência que a criança não está apenas brincando, mas desenvolvendo conhecimentos, assim o brincar é uma necessidade da criança e que a leva a fazer novas descobertas e interagir com o imaginário, com a noção de corpo e a se relacionar com outras pessoas. Dessa forma, a escola deve estar ciente da importância do lúdico no mundo escolar, e fazer deste, aliado na construção de aprendizagem às crianças. Não podemos esquecer que existem várias formas de brincar e nem sempre é preciso dinheiro para tal, só basta ter imaginação, ser criativo e acreditar em sonhos.

                                        “Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é      
                                           triste ver meninos sem escola, mais  triste ainda é vê-los
                                           sentados enfileirados  em sala sem ar, com exercícios estéreis
                                           sem valor para a formação do homem.”        
                                                    (Carlos Drummond de Adrade, 1983)






Marley Gonçalves de Oliveira (2014)

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